Çarê-Heliópolis
Çarê-Heliópolis
Sobre
Heliópolis é a maior favela de São Paulo, com uma rica diversidade cultural e história marcada por lutas e conquistas sociais. Não à toa também recebe o título de “bairro educador” – também outra grande conquista. A atuação do Çarê teve como objetivo fortalecer e registrar as ações educativas relacionadas à leitura e literatura na região. Em parceria com a UNAS (União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região) e outras organizações locais, a iniciativa coordenada por Magno Rodrigues Faria e Luciana Sunsum promoveu encontros temáticos e colaborativos entre educadores, jovens artistas e moradores do território, valorizando os saberes locais e incentivando a prática literária.
Iniciado em 2020, o projeto contou com encontros regulares e convidados que abordaram temas como os três estados do capital cultural e periferia, narração de histórias e notícias, literatura negra e produção de livros.
Durante a pandemia de COVID-19, o projeto foi adaptado ao formato virtual com a criação do perfil @vozes_perifericas no Instagram, que se tornou um espaço de expressão coletiva com protagonismo da juventude envolvida nas ações anteriores. A plataforma promoveu trocas poéticas e visuais, conectando jovens e ampliando o alcance da iniciativa conduzido por Andressa Bonfim, Arthur Frias, Beatriz Lira, Caroline Ribeiro, Gabriel Feitosa, Gabriel Ferreira, Elias Bergtson, Igor Romualdo, Iversson Natan, Isaac Kauê, Karoline Aparecida, Kelly Anne, Luam Anastácio, Maria Queiroz, Matheus Armando, Matheus Filho, Ramon Santos, Sarah Carneiro e Shirley Valentina. Um grande destaque deste encontro foi enaltecer as diferentes juventudes possíveis dentro da periferia, sobretudo de Heliópolis e da região do Ceagesp, sob orientação de Debora Orellan (educadora social), Ynaiá Barros (artista), Mariana Bernd (designer), além de Magno e Luciana, e a produção executiva de Bia Toth.
A ação resultou nos lançamentos, em 2022, dos livros , que reúne registros poéticos e visuais de jovens de Heliópolis e outros bairros periféricos, e Favela: A flor em resistência, o lugar ausente.
Com o fim da pandemia, foram iniciada duas frentes para encerrar esse ciclo de atuação em Heliópolis:
• Construção e sedimentação do grupo de jovens envolvidos em um coletivo de artistas periféricos com encontros com Edson do Carmo (historiador), Thais Caramico (redes sociais), Guinho Nascimento (artista), Paula Manso (captadora de recursos e gestora cultural), Magno Borges (designer), Ingrid Fernandes (midióloga), Jennyffer Nascimento (poeta) e Rose Dórea (produtora cultural e musa da Cooperifa). A ação resultou no lançamento, em 2022, do livro Vozes periféricas, que reúne registros poéticos e visuais de jovens de Heliópolis e outros bairros periféricos, com apresentação de Ana Cristina Cintra, prefácio de Jennyffer Nascimento e posfácio de Magno Rodrigues Faria e;
• Sob orientação de Luciana Sunsum e Debora Orellan, o projeto colaborou com educadores e crianças dos Centros de Crianças e Adolescentes (CCAs) de Heliópolis, resultando na exposição Çarelipa, realizada na Casa de Cultura Chico Science. A mostra celebrou a produção artística e literária das crianças da comunidade, destacando suas narrativas e imaginários.