As cordas livres de Heraldo do Monte
As cordas livres de Heraldo do Monte
Sobre
O projeto As cordas livres de Heraldo do Monte celebra a obra e o legado de um grande nome da música instrumental brasileira. A pesquisa resultou em uma publicação organizada pelo compositor, arranjador, pesquisador, professor e violeiro Ivan Vilela, com textos analíticos e biográficos, um ensaio fotográfico, 58 partituras e uma coletânea em CD.
Com uma extensa trajetória como compositor e instrumentista, o pernambucano Heraldo do Monte é referência no cenário internacional da música instrumental e do jazz. Integrante do emblemático Quarteto Novo, ao lado de Hermeto Paschoal, Airto Moreira e Theo Barros, ajudou a dar novas dimensões à música instrumental brasileira que nascia. Homenagem à contribuição fundamental do artista, o livro As cordas livres de Heraldo do Monte conta com depoimentos de Tom Zé, Arthur Moreira Lima, e Hermeto Paschoal, entre outros.
Nascido em 1935, Heraldo começou na música tocando clarinete, violão e bandolim em rodas de choro; mais tarde, incorporaria a viola e a guitarra. Apaixonado pela Bossa Nova, integrou o Dick Farney Trio antes de se aproximar da música instrumental e do Hermeto Pascoal & Grupo. Com o Quarteto Novo, a partir de 1967, ajudou a renovar essa vertente ao mesclar elementos jazzísticos e sonoridades nordestinas, incorporar a viola de dez cordas e desenvolver uma linguagem de improvisação calcada em referências sonoras da cultura brasileira. Para Hermeto Paschoal, Heraldo “introduziu a viola caipira no universo da música instrumental e influenciou músicos de todo o mundo”. Cultuado no circuito internacional do jazz e da música instrumental, gravou com Elis Regina, Zimbo Trio e outros, tocou em festivais como o Montreux Jazz Festival, e fez discos como Cordas mágicas (1983) e Cordas vivas (1986).